Sobre blocos econômicos

Veja abaixo a lista dos principais blocos econômicos:

Bloco Norte-americano

Bloco Asiático

Bloco Europeu

Os blocos econômicos, são separados também a partir de sua natureza, veja abaixo:

Nafta

Apec

Mercado Comum Centro-Americano

Pacto Andino

Mercosul

Caricom

União Européia

CEA

CEI

Afta

MCA

Estes são os principais blocos econômicos que existem na atualidade.

Os blocos econômicos têm a finalidade de integrar os participantes de acordo com suas políticas específicas, por exemplo:

O MERCOSUL ( Mercado Comum do Sul) tem a finalidade de integração entre os países membros, entretanto não há uma zona de livre comércio e sim uma baixa tarifação entre os países membros (ou isenção para certos produtos), diferente da:

União Européia um bloco mais avançado possui uma maior integração entre os países membros, há uma livre zona de comércio e uma moeda única (euro) entre os países participantes.

Bloco Norte-Americano

Ao longo do século XX, os Estados Unidos, com sua moeda, sua música, suas universidades, seus costumes e valores, alcançaram um poder e um prestígio de dimensões planetárias. Para se ter uma idéia do que isso significa, em 1.950, o país respondia por cerca de 50% de toda a produção econômica mundial. Porém, nesse final de século, nota-se o declínio da hegemonia norte-americana, fato que tem abalado o país tanto no plano interno quanto no externo.

A liderança mundial norte-americana vem sendo ameaçada pela concorrência econômica cada vez mais aguerrida do Japão e da Europa. Como forma de fazer frente a essas economias, e mesmo para se adequar à nova ordem mundial, em 1.992 os Estados Unidos concluíram com o Canadá e o México um acordo de livre comércio, denominada Nafta (North American Free Trade Agreement). Esse acordo prevê a criação de uma zona de livre comércio, que abrange desde o norte do Canadá até o sul do México. Certamente, isso irá beneficiar as economias envolvidas, uma vez que os países participantes do Nafta dispõe de um mercado consumidor da ordem de 400 milhões de pessoas e produzem riquezas equivalentes a vários trilhões de dólares por ano.

Além dos problemas internacionais, os Estados Unidos vêm enfrentando sérios problemas raciais, como, por exemplo, o aumento do racismo. Em 14 de novembro de 1996, a cidade de St. Petersburg, na costa leste dos EUA, foi palco de sérios tumultos raciais, pelo fato de a Justiça ter absolvido um policial branco que matou um motorista negro. A questão racial torna-se ainda mais dramática devido ao aumento da desigualdade social, verificado no país dos últimos anos: hoje, de cada três negros norte-americanos residentes em cidades, um é paupérrimo*.

*Paupérrimo = extremamente pobre; pobríssimo




Bloco Asiático

Novos Tigres

Na história recente do capitalismo, percebemos que a ascensão econômica de determinadas nações estiveram sustentadas pela formação de mecanismos fomentadores da integração entre países de uma mesma região. É nesse contexto que percebemos a força dos chamados blocos econômicos, que determinaram ações de cooperação e quebra de barreiras alfandegárias capazes de incrementar a competitividade de tais nações no mercado internacional.

Na região asiática, vemos que o crescimento de alguns países aconteceu por meio da emissão de investimentos realizada pela economia norte-americana. Tal ação de natureza econômica tinha por objetivo expandir as zonas de influência dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que determinava a limitação das zonas de influência controladas pelo socialismo. Ao mesmo tempo, a grande oferta de mão de obra e a presença de governos estáveis fomentaram o investimento capitalista em tais regiões.

A partir da década de 1980, o desenvolvimento das economias asiáticas determinou o surgimento de um bloco econômico que levava o nome de “Tigres Asiáticos”. Sem formar acordos de cooperação formais, esse bloco foi inicialmente formado por Hong Kong, Coreia do Sul, Cingapura e Taiwan. Seguindo o modelo capitalista, essas nações obtiveram rápidos índices de recuperação econômica que ampliaram significativamente seu papel de atuação na economia mundial.

Com o passar do tempo, o caso bem sucedido observado em tais países fomentou a modernização de outras economias asiáticas. É daí que, a partir da década de 1990, observamos o surgimento dos chamados “Novos Tigres”, bloco esse, formado por Tailândia, Malásia, Filipinas, Indonésia e Vietnã. Diferente dos “tigres veteranos”, os “Novos Tigres” experimentaram uma onda de crescimento sustentada pelo investimento de poderosos grupos transnacionais em suas economias.

Os incentivos fiscais dados pelos governos desses países, o baixo custo da mão de obra e as facilidades de exportação foram os fatores centrais que explicaram a chegada dos grandes conglomerados às economias dessas nações. Em curto prazo, os Novos Tigres preservaram um PNB acima de 5% ao ano, combateram o analfabetismo em ritmo acelerado e a população experimentou quedas significativas em suas taxas de crescimento vegetativo.

De fato, o surgimento dos novos tigres determinou uma das mais modernas experiências desenvolvidas no sistema capitalista contemporâneo. Observando as transformações ocorridas nos Novos Tigres percebemos que a expansão das fronteiras capitalistas vem se mostrando benéficas para a recuperação de regiões que conviveram com décadas marcadas pela miséria e o atraso. Entretanto, a forte dependência sobre as exportações revela o risco contido nessas economias crescentes.


Bloco europeu

Um fator decisivo na reconstrução da Europa Ocidental no pós-guerra foi o Plano Marshall. Este consistia na cessão por parte dos norte-americanos de empréstimos vultuosos, a juros reduzidos e prazos dilatados. Entre 1948 e 1952, Inglaterra, França, Itália e Alemanha foram alguns países que mais se beneficiaram com esses empréstimos.

Além da ajuda norte-americana, outro fator que muito contribuiu para o reerguimento da Europa Ocidental foi o processo de integração entre os seus países, iniciado já nos anos 1950.

Esse processo teve início com o CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço), organismo criado em 1951 pela Alemanha Ocidental, França, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, com o objetivo de ajudar a reconstrução da indústria continental arruinada pela Segunda Guerra. Em 1957, esses seis países criaram o MCE (Mercado Comum Europeu), ou CEE (Comunidade Econômica Européia), visando superar as rivalidades entre eles e promover a integração econômica.

O sucesso desse organismo estimulou o posterior ingresso da Grã-Bretanha, Irlanda, Dinamarca, Grécia, Portugal e Espanha. Formou-se assim a "Europa dos doze"que, em 1993, passou a se chamar União Européia (UE). Nesse mesmo ano foram eliminadas todas as barreiras à livre circulação de pessoas, capitais e bens entre os países que a constituiam. A partir de 1995, com o ingresso da Suécia, Áustria e Finlândia, a UE passou a ser integrada por 15 países.

Mercosul
Símbolo Oficial do Mercosul
O MERCOSUL - Mercado Comum do Sul - é um bloco econômico criado em 1991, pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai baseado no Mercado Comum Europeu com o objetivo de reduzir ou eliminar impostos, proibições e restrições entre seus produtos. Em 2004, os países chamados andinos como o Chile, Bolívia, Equador, Colômbia e Peru se associaram ao MERCOSUL.

Em 2002, o MERCOSUL foi afetado pela situação econômica da Argentina, o que levantou grandes rumores acerca de uma possível relação com os Estados Unidos a fim de fragilizá-lo. Em 2004, a Argentina passou a ter atitudes contrárias às estabelecidas e assinadas no acordo fazendo com que a expansão do MERCOSUL fosse prejudicada e adiada.

Em 2005, a Venezuela buscou sua adesão ao acordo, mas teve que cumprir algumas exigências, como adotar a TEC – Tarifa Externa Comum. Esse acordo beneficiou as ligações comerciais e financeiras entre os países parceiros, já que houve implantação de indústrias filiais em países parceiros e ainda o grande crescimento turístico entre os mesmos.

O Brasil assumiu a liderança do bloco econômico e a Argentina assumiu a segunda colocação. O Brasil exporta, principalmente para os países parceiros, automóveis bem como suas peças de manutenção, bebidas, cigarros, café, açúcar, aparelhos eletrônicos, óleos e calçados.

Apesar das considerações feitas ao MERCOSUL, apenas o Chile cresceu economicamente acima da média mundial. As duas potências do MERCOSUL, o Brasil e a Argentina cresceram menos que a média mundial.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola